sábado, 31 de agosto de 2013

“Frio na barriga”, “Coração apertado”, “Nó na garganta”, "Mãos Suadas"... A Ansiedade e seus Transtornos


A ansiedade geralmente é considerada uma emoção desagradável. Ela está relacionada com algo que se
espera do futuro. Às vezes a intensidade do desconforto é mais intenso do que a real ameaça que o futuro guarda. Este desconforto, quando muito intenso e/ou frequente, compromete o bem-estar físico e psicológico do indivíduo.

A pessoa ansiosa percebe sinais físicos que demonstram esta emoção, popularmente são chamados de “frio na barriga”, “coração apertado”, “nó na garganta”, além de apresentar um efeito “paralisante”, principalmente diante do evento motivador da ansiedade.  

Além do desconforto, ainda há um comprometimento cognitivo resultante da ansiedade, que reduz a eficiência comportamental da pessoa com alto grau de ansiedade. Este efeito cognitivo ocasiona a diminuição da habilidade social e o aumento da dificuldade de concentração. Isto explica a maior dificuldade das pessoas ansiosas em momentos de entrevistas de emprego, realização de prova de vestibular ou concurso, por exemplo.

A ansiedade intensa e/ou frequente também pode gerar problemas físicos de saúde. Alguns problemas que podem ser desencadeados pela ansiedade são: transtornos cardiovasculares, digestivos, cefaleias, síndrome pré-menstrual, asma, transtornos dermatológicos, transtornos sexuais, dependência química, transtornos alimentares, entre outros. Não são raros os casos em que estes problemas são tratados como se tivessem uma causa física, e após longos tratamentos, sem resultados, são identificados como problemas associados à ansiedade.


Apesar de ser uma emoção geralmente desagradável, a ansiedade nem sempre caracteriza um problema psicológico, ou seja, um Transtorno de Ansiedade. A seguir são apresentados três indicativos de referência para você avaliar se a sua ansiedade pode ser considerada um problema:



Se você se identificou com um ou mais dos três itens acima há uma indicação de que a sua ansiedade possa ter ultrapassado o limite do que se espera de uma ansiedade normal. Este é um sinal de que a ajuda de um profissional é importante para que você consiga retomar as suas atividades diárias com tranquilidade e aumentar sua saúde física e/ou psicológica.

Cinara Invitti Lemos


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Baixa Autoestima: Sofrimento Psicológico


Vivemos rodeados de situações que exigem muito de nós.

São exigências no trabalho, no relacionamento amoroso, na relação com os pais, no grupo social, na escola, além das exigências que internalizamos e fazemos a nós mesmos. Tenho que estar bonito(a), ser inteligente, ter um bom emprego, um desempenho acadêmico brilhante, ser uma boa(bom) namorada(o), ser uma boa mãe/pai, criar e manter relações de amizade, ou seja, conseguir ser bom em todas as minhas relações. 

Temos muitas demandas, com alto nível de exigência, para o tempo que se torna cada vez mais curto. O nível de cobrança da sociedade é alto e se entramos na lógica de responder esta cobrança, geralmente chegamos a conclusão de que não somos capazes o suficiente, e aí a probabilidade da autoestima ser rebaixada é grande.

Pensar que não somos capazes gera insegurança, ansiedade, sofrimento. É difícil sermos felizes se não estamos satisfeitos com o que somos e com o que fazemos. Estes sentimentos negativos, em relação a nós mesmos, além do sofrimento psicológico, podem culminar em problemas físicos, como: gastrite, úlceras, colites, taquicardia, hipertensão, cefaleia, entre outras.

Em muitos casos a pessoa precisa de ajuda profissional para conseguir reverter a situação e ser capaz de perceber que a sua capacidade é muito maior daquela que ela consegue enxergar.


Cinara Invitti Lemos

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Perguntas Frequentes (Parte III)


A terapia é sempre um processo demorado?

O tempo da terapia varia de uma pessoa para outra. Esta variação ocorre devido uma diversidade de fatores como: o tipo de problema apresentado, a facilidade do Paciente em falar sobre o assunto, a intensidade das emoções relacionadas com o problema, o suporte emocional da pessoa e também com a forma de trabalho do Psicólogo.


Qual a diferença entre o Psicólogo e o Psiquiatra?

O Psicólogo é formado no curso de Psicologia e o Psiquiatra é formado no curso de Medicina. Isto quer dizer que cada um destes profissionais possui formas diferentes de tratar o mesmo problema. O Psiquiatra trata os sintomas apresentados pelos Pacientes por meio dos remédios, enquanto o Psicólogo trabalha as  relações problemáticas, que geram os sintomas, e auxilia o Paciente a modificá-las. Em alguns casos o problema se intensifica a ponto de dificultar o Paciente a enxergar sua realidade e modificá-la. Por isso é necessário que ele tenha o acompanhamento psiquiátrico por meio dos remédios, que amenizam os sintomas, para criar condições mais favoráveis do Paciente se desenvolver na terapia. No entanto, se o Paciente se restringir ao tratamento medicamentoso, provavelmente se tornará dependente dos remédios, que geralmente causam vários efeitos colaterais. É importante lembrar que o Paciente não encontrará a cura do seu problema em remédios, eles ajudam a melhorar os sintomas, mas não acabam com as causas destes sintomas, causas que são psicológicas. Para que seja possível ir mais além e modificar a situação é fundamental a realização de terapia.

 Cinara Invitti Lemos



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Perguntas Frequentes (Parte II)


Como é o trabalho do Psicólogo?

Cada Psicólogo utiliza uma forma de trabalho diferenciada, que é embasada por uma abordagem científica.  Existem diferentes abordagens na Psicologia, como a Análise do Comportamento, Gestalt, Sistêmica, entre outras, e cada uma possui técnicas de trabalho diferenciadas. No entanto, todas possibilitam alcançar o mesmo objetivo, que é eliminar o sofrimento do seu Paciente. Alguns Psicólogos utilizam métodos de tratamento que se baseiam predominantemente na escuta, de maneira mais passiva em relação à fala do Paciente. Os Psicólogos que embasam seu trabalho pela Análise do Comportamento possuem uma postura mais interativa com o Paciente. Há os momentos de escuta, que são fundamentais para todo o trabalho, predominantes no início do tratamento, porém sempre acompanhados de perguntas. As perguntas são os instrumentos de trabalho do Psicólogo, elas nos auxiliam a coletar mais informações sobre o Paciente e sua história e também são utilizadas como meio para auxiliar o Paciente a visualizar melhor seu problema e encontrar possibilidades de resolvê-lo. Na Análise do Comportamento há um estudo objetivo dos comportamentos considerados problemas, que é feito pelo Psicólogo após a sessão com o Paciente. Este processo agiliza o tratamento e busca ensinar ao Paciente, ao longo da terapia, a analisar seus próprios comportamentos. Assim, propiciamos a nossos Pacientes que tenham condições de lidar com os novos problemas que surgirem em suas vidas e tornarem-se independentes do nosso trabalho como Psicólogos. A análise do comportamento preza pela autonomia do Paciente e entende que é por meio da aprendizagem de alguns métodos de análise do seu próprio comportamento que ele terá condições de resolver seus problemas sozinho após algum tempo de terapia.

Cinara Invitti Lemos



terça-feira, 2 de abril de 2013

Perguntas Frequentes (Parte I)


O que é o Psicólogo?

O Psicólogo é um profissional formado no curso de Psicologia, que possui duração de 5 anos. A Psicologia é uma ciência, embora algumas pessoas ainda a vejam como uma crença, sua efetividade é comprovada cientificamente.


O que faz o Psicólogo?

O Psicólogo é um especialista do comportamento humano, que trabalha com as relações que a pessoa estabelece com os outros e com o mundo que a cerca. Em alguns momentos, algumas situações da nossa vida nos causam sofrimento ou se tornam desconfortáveis para nós mesmos ou para aqueles que convivem conosco, nestes casos precisamos da ajuda de um profissional. O Psicólogo tem a função de ajudar o Paciente a identificar as relações problemáticas e a modificá-las de forma a transformá-las em relações saudáveis.
Todos nós temos momentos em nossas vidas em que as situações fogem do controle e não conseguimos mais lidar com elas da maneira como gostaríamos. Nestes momentos precisamos de apoio, no entanto o apoio dos nossos amigos e familiares nem sempre é suficiente. Isto acontece porque eles se envolvem com nossos problemas e não conseguem nos ajudar a enxergar aspectos importantes da situação. A forma de ajuda que eles geralmente nos oferecerem são conselhos sobre a maneira como devemos agir. Em algumas situações isto nos ajuda e nos dá força para seguirmos em frente, porém em outras, sentimos que isto não é suficiente e que precisamos algo a mais. Este algo a mais que sentimos falta, é a ausência de  segurança de que estamos fazendo o que é correto, termos a certeza de fazermos o que é o melhor para nós naquele momento e não o que o outro acha certo. Esta é uma das diferenças entre aquelas pessoas atenciosas que nos escutam e um profissional qualificado que também acolhe nossas angústias e dificuldades, mas não para por aí, que utiliza estas informações para nos auxiliar a enxergar possibilidades e avaliar quais delas são as mais viáveis. Desta forma é possível compreender melhor que o Psicólogo atende pessoas com quaisquer dificuldades, dificuldades estas que todos nós temos, e não apenas aquelas pessoas consideradas popularmente como “loucas”, ou seja, pessoas que possuem algum transtorno psiquiátrico grave. A Psicologia está de portas abertas a todos que em algum momento precisarem de ajuda, sem qualquer preconceito ou julgamento.

Cinara Invitti Lemos



segunda-feira, 25 de março de 2013

Afinal, o que é esta tal Personalidade?


          “Meu filho não é fácil, tem personalidade forte, quer que tudo seja feito da maneira dele”.

“Meu colega de trabalho não tem personalidade, deixa se influenciar por qualquer coisa que os outros falam”.  



É na infância que começa o processo de formação da personalidade. Esta não é resultado isolado apenas da própria pessoa, mas sim das relações que ela estabelece com os outros. A personalidade é um estilo de pensamentos, sentimentos e comportamentos que são predominantes no indivíduo. Estes representam a forma que a pessoa aprendeu a se relacionar com o mundo ao seu redor. Alguns comportamentos de cada tipo de personalidade podem ser considerados inapropriados socialmente ou causarem sofrimento ao indivíduo. Nestes casos surge a necessidade da alteração deste processo, que muitas vezes se torna difícil sem o auxílio de um profissional.  O Psicólogo tem como função ajudar o Paciente enxergar com mais clareza as situações relacionadas com seu problema e a identificar formas mais saudáveis de lidar com elas.
Cinara Invitti Lemos



quarta-feira, 13 de março de 2013

Por que fazer Psicoterapia?


No mundo em que vivemos tem se tornado cada vez maior o número de pessoas que apresentam dificuldade em lidar de maneira saudável com as situações que lhe são apresentadas. Entende-se que alguns aspectos da vida cotidiana contribuem para o sofrimento humano, como a pressão no trabalho, alta exigência em relação ao desempenho, violência, pouca tolerância às diferenças individuais, o individualismo exacerbado, entre tantos outros aspectos. Neste contexto, a Psicoterapia pode contribuir para diagnosticar o que causa sofrimento à pessoa e auxiliar na reflexão sobre novas formas possíveis de se relacionar de forma saudável com estes aspectos negativos. Em alguma medida, ao observarmos nossa vida conseguimos perceber o que nos faz sofrer e procuramos modificar as situações para vivermos mais felizes. No entanto, há fases da vida que os problemas se tornam mais complexos e não conseguimos resolvê-los sozinhos, é hora de procurarmos a ajuda de um Psicólogo!

Cinara Invitti Lemos

sábado, 9 de março de 2013

Abordagem Clínica: Análise do Comportamento


Na Psicologia existem diferentes formas de se entender o fenômeno psicológico, estas formas são denominadas abordagens. A análise do comportamento é uma das abordagens existentes na Psicologia. Nesta, o foco do trabalho é o comportamento. Definimos o comportamento como as interações do ser humano com seu ambiente (seja físico, social, moral...). É por meio das interações que as pessoas estabelecem com o ambiente, que o Psicólogo procura entender o que acontece na vida destas pessoas. Com a compreensão aprofundada do comportamento do seu Paciente, o Psicólogo é capaz de criar condições para que o Paciente entenda os processos pelos quais está passando e tenha mais possibilidades de modificar sua realidade de desconforto e sofrimento.  

Cinara Invitti Lemos

sexta-feira, 8 de março de 2013

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher

"Não sei se a vida é curta ou longa para nós, 
mas sei que nada do que vivemos tem sentido, 
se não tocarmos o coração das pessoas.


Muitas vezes basta ser: 

colo que acolhe, 
braço que envolve, 
palavra que conforta, 
silencio que respeita, 
alegria que contagia, 
lágrima que corre, 
olhar que acaricia, 
desejo que sacia, 
amor que promove.


E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. 

É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais,

 mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar". 
Cora Coralina



Mulher, Parabéns pelo seu dia!

Cinara Invitti Lemos